quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
Há vida na chegada ao 5o andar.
Tô subindo os degraus, há algum tempo, sem distração e com mais nitidez.
Até outro dia o passo era impulsivo, desatento à paisagem, míope.
Sigo sendo míope mas agora olho pra mais longe.
Enxergo mais pessoas e com algumas quero interação.
Vejo poucas cenas e a maioria não me surpreende.
Coloco os óculos pra ouvir melhor e tiro quando entro em mim ou na outra pessoa.
Tempo me assusta, às vezes.
Trocar beijos quentes no último banco do ônibus, no meio da tarde de domingo, é algo adolescente. É ou é meu etarismo falando??
A sensação de ter o peito inundado por amor é maravilhosa!
Não sei se me balizo por essa emoção, ou não... o racional grita
me deixo levar pelo recente se houver um tombo, que seja mais suportável do que awueles dos quais já me levantei.
Não quero cair de novo. Já não quero usar esforço para me levantar. Só quero andar, seguir a caminhada pelos degraus, desfrutar do que o 5o andar tiver para me oferecer.
Que os nkises me protejam porque tô me movimentando!
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
"Quanto barulho cabe no silêncio de Oxum?"
Essa reflexao esbarrou em mim e me deixou bem impactada.
O silencio ja foi ensurdecedor pra mim. Também já foi incômodo e indesejado mas tem sido cada vez mais companheiro. Gosto de ficar em silêncio e percebo que tenho ficado mais quieta, embora eu valorize o diálogo, em muitas situações, escolho o silêncio. Nessas ocasiões me sinto mais perigosa, mais estratégica e mais mergulhada em mim.
Muitas vezes desejo que todo o resto não exista por um tempo para que eu possa estar atenta apenas a esta viagem introspectiva.
Praça da República, São Paulo, SP. nov./ 2024
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