quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
a dupla vida de veronique
com a ajuda da samya e do daniel, consegui encontrar a música que eu buscava há anos.. é de fazer chorar...
pode parecer triste pra um 31 de dezembro mas é tão nostálgico...eu sou muito nostálgica.
o filme é um capítulo à parte.
lindo...
e que cada um de nós tenhamos o ano que merecemos!
domingo, 28 de dezembro de 2008
Última Sintonia
foi uma cacofonia de (des)encontros
os cearenses que tanto se fizeram,
caíram por terra...
um por sua pretensão e arrogância -
desde quando eu preciso deixar rolar pra saber
de algo que queria há 5 meses?
outra, por sua fraqueza e arrogância -
arrogância de ter a fraqueza de ser quem não é;
fraqueza de ser só aquilo e insinuar que é muito mais.
a última Sintonia
foi regada a vodka e soda
receita de uma mulher que amo muito,
que encanta a festa com seu cabelo vermelho
e as sardas na pele negra
a última Sintonia
foi uma troca de afeto antigo
funkbuiado
desejado
molhado de suor
na pista, nas paredes, na fila do bar.
foi as músicas dançadas!
Snoop Dogg, a rainha Chaka Khan
foi a Sombra não ouvida
os blacks, dreads e tranças
circulando nos corredores e escadas
a último Sintonia
foi a Lenda dormida
sentida
gemida
sussurrada
compartilhada
no amanhecer do domingo na ZN
a última Sintonia foi o presente
onde estiveram presentes muitos
do que rasbicaram este ano
foi a ausência-promessa de presença-Lia
mas foi, acima de tudo,
um silêncio enorme eu não sou capaz
de compartilhar a música que soa nos meus ouvidos
uma canção que vem do coração, da alma
para o homem, ser-humano que eu não sei adjetivar,
que faz toda a diferença na minha vida
sábado, 27 de dezembro de 2008
Ogra
Esta época de festas de fim de ano é cada vez mais boçal mas, se eu disser isto pras pessoas vou ouvir uma pá de coisa...
Não tô com pique de desejar isto ou aquilo pra 2009. Ele será e ponto. Será do jeito que tiver que ser, correrá como tiver que ocorrer...
Não tô com pique pra pensar na roupa branca pra vestir na passagem do ano (se vacilar, vou passar a virada do ano de pijama!), nem na cor da calcinha, no banho especial pra atrair isto ou aquilo.
E não é porque eu estou pouco espiritual.
Talvez seja porque não tô em condições de planejar o próxima ano.. mas, ao mesmo, já estou.. planejo uma viagem-estágio pra BH, pra eu aprender umas coisinhas que podem ser úteis pra minha relação com o hip hop, planejo o carnaval!
cara! sabe o que é isto? tô planejando pular o carnaval em São Luís do Paraitinga! Até vou pensar numa fantasia! Fazer diferente... nunca pulei carnaval de fato...
mas nada disto é um momento especial, quero dizer, esta virada de ano é um marco escolhido socialmente e, se eu fosse chinesa, não estaria comemorando o ano novo agora... mas eu quero ir às comemorações do ano novo chinês!
sou a contradição que anda e respira com trejeitos de ogra.
Mas, meu texto não tá dando de mostrar, que estou na boa.. só esperando as pessoas fazerem suas passagens, cumprirem seus rituais, sentirem-se seguras, confortáveis nas festas que são cheias de significado pra um monte de gente... não é pro bilhão chinês mas é pra uma porção de ocidental. E eu sou tudo isto, ops.. chinesa, não.. sou ocidental, criada neste esquema aí.. papai noel,presente de natal, roupa branca, viagem pra praia, arrumação de ano novo, comer lentilha... estar com a família!
cara! não fico com a família o ano todo, por que tenho que ficar agora? pra fazer o quê? ser cada vez o bicho estranho (isto porque da missa eles não sabem o terço)
Eu estou esperando.. enquanto espero estes dias passar, fico em casa, de pijamas.. assistindo filmes com o Denzel Washington.. Hoje assisti Deja Vu e comecei a assistir Um grito de Liberdade.. Meu, o cara é foda... ele já foi Steve Miko, Malcom X... o cara sabe o que quer, hein!
Bom, eu volto a dizer: estou de boa... mas não vou mostrar a dimensão do meu afeto pelos meus amigos pela beleza das palavras escritas em mensagens de boas festas.
A passagem do ano, aqui na selva de pedra, tem tudo pra ser chuvosa e cinzenta mas, eu tô de boa.. de pijama, chinelo havaiana, matutando algumas idéias.. ritmo mais lento mas, ainda é ritmo, né?
ritmo de ogra
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
do msn
sabedoria de quem me conhece há quase 20 anos:
"há momentos em que duas pessoas não combinam pelas circunstâncias"
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
outra idéia, outro rolê
faz parte do ser humano..
em todo o caso, que conste nos autos: estou feliz.
Finalmente!
vamos lá.. de novo!
foi preciso um chinês quase balzaca soprar umas palavras de lá do trópico de câncer pra eu acertar a mira e sintetizar o que quero numa relação!
então, vamos lá!
pra não esquecer, hein!
Liberdade
Confiança
Amizade - companheirismo, né?
e uma boa química...
por isto que fico indignada com a vaca que atende o telefone... e com uma pá de coisa que fica rolando por aí..
mas agora tá aí... é isto aí que quero.. não aceito menos que isto....
se viesse na embalagem made in Toisham, eu adoraria...
hahahahahaaha
sábado, 6 de dezembro de 2008
um saco...
tem...
quando ela tem acesso à senha do email dele.
se viver a dois, ser um casal, é compartilhar TODA a privacidade de cada indivíduo envolvido numa relação, serei solteira até a cabeça rachar...
aliás, TODA uma pinóia.. porque isto é uma moeda de troca..
"eu confio em vc, não tenho nada a esconder, tanto que te dou minha senha, vc pode ler meus email, pode atender meu celular"
mas, no fundo, todo mundo dá um jeito de ter algo só seu...
controle
insegurança
tenho perdido uns amigos por conta destas palhaçadas... fico me perguntando se estou errada... eu questiono mesmo porque não vejo motivo pata ter minha intimidade compartilhada com uma pessoa que faz parte da vida do meu amigo.. ele que compartilhe a porra da vida dele. A filha da puta vai ler meus emails e atender minhas ligações sem nunca ter visto a minha cara? eu já tô ligada que o santo não bate e a nega vai entrando na minha vida só porque está na vida dele?
então, vã pra casa do caralho.
ele, ela e todo cuzão que se sujeita a esta presepada.
nossa.. eu não sabia que estava tão puta..
ehheeheheh
mas ainda gosto demais daquele machista controlador regido por zaze.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
fundação casa
caio
manoel
willian
gilton
meninos lindos que, por algum motivo, pegaram o caminho errado.
e isto me parte o coração
mas vê-los no museu, ouvindo as histórias, fazendo leituras (excelentes) de trabalhos de arte contemporânea e tirando gargalhadas dele cada vez que eu zoava com o "senhora" que eles davam pra mim, valeu o dia.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
entre as coisas que ouço...
na verdade, estou saracoteando por aí, né?
sem querer me comprometer com nada, nem com ninguém...
colho os reflexos disto.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
cada uma que eu ouço...
e, para mudar isto,
deveria frequentar uma escola
para aprender a ser heterossexual!
domingo, 23 de novembro de 2008
semana à mineira
um silêncio novo,
um calor novo, uma entrada discreta,
um cuidado de irmão, de amigo, de quem ama mesmo...
mas foi uma semana de todos os encontros possíveis
o amor de um ano atrás com sua atual companheira
o mineiro encantada pela bailarina
a cearense com seu menino crescido
o irmão encantado pela irmã
o primeiro mineiro da minha vida
vixi.. nem lembro de todo mundo...
só amores do passado, bem-querer do presente
foi uma provação...
mas também sonhei com pipoca do velho,
banho de água doce na cabeça da minha mãe
foram dias intensos, fortes...
dias em que constatei que não quero melação mas quero um dengo
não quero encheção mas quero um chamego
dias em que, mais uma vez, vi meu mineiro querido focado em tanta paixão e eu, mais uma vez, fiquei feliz com isto mas tb fiquei confusa, enciumada, me sentindo preterida.
mas, no final das contas, tudo ficou bem...
encontrei um gringo de nova jersey, super fofo, com mãos quentes e toque doce
também teve um encontro virtual com meu sócio cubano
nossa... foram muitos encontros, muitas celebrações!
domingo, 9 de novembro de 2008
aueto!
eu tenho que agradecer a segunda oportunidade que tive
a vida me permitiu retomar um sonho
e eu voltarei a sonhá-lo
porque a escolha é minha
porque as coisas estão escritas mas, sem meu desejo, sem meu sonho, as palavras e os fatos serão outros.
Minha vida está caminhando para um "antes" e "depois".
Quem tinha que sair da minha vida, saiu... quem tem que chegar, tá chegando... se for pra somar: seja bem-vindo!
Mas tem mais.. muito mais...
e me arrepia só em pensar...
mas eu tenho que agrader!
agradecer minha mãe oxum que me soprou a dúvida e me deu a oportunidade de retomar meu sonho, me desejo...
com ela sonharei todas as noites
ela estará na minha vida e a ela agradecerei cada vez que eu criar momentos para agradecer.
Parar o coração, voltar todas as energias e agradecer...
agradecer hoje e sempre..
"a melhor maneira de tratar uma ssunto é ir direto ao ponto!" sabedoria balanço rap
chegará o momento que o assunto vírá até mim!
sábado, 8 de novembro de 2008
Brasil - Brasis
" Nós brasileiros, herdamos um pedaço grande, bonito, do planeta. Em tamanho somamos vinte e cinco Alemanhas - as duas - em população, somos o dobro - outra vez as duas, que para mim são uma. Beleza não se discute. Quem duvidar
que venha ver esses encantos de meu país troical, de incomensuráveis florestas e campos, mares e rios. Superlativamente belo. Melhor, porém, é este meu povo,
mestiçado de todas as raças, bonito e alegre, como não há outro. Duvida? Venha nadar na praia de Ipanema onde a gurizada bem nutirda se doutra ao sol o ano inteiro. Depois, espiche um pouco para ver meu povão dançando o Carnaval no Sambódromo. Encherá seus olhos de tanta beleza que você jamais esquecerá. Não sei por que tanta alegria, se metade desse povo passa fome."
Primeiros parágrafos do texto "Brasil - Brasis" de Darcy Ribeiro, escrito em 1987).
Último parágrafo do texto "Brasil - Brasis" de Darcy Ribeiro, escrito em 1987."A dor que mais me dói é envelhecer temendo que os jovens de hoje tenham que repetir, amanhã, que o Brasil é um país que ainda não deu certo."
Darcy Ribeiro me leva às lágrimas...
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
pós sintonia
terça-feira, 4 de novembro de 2008
sabedorias
"vc se joga nas suas amizades, cria vínculos fortes e está sempre pronta para
dar uma mão. isto é, há troca de intimidade em níveis bem profundos. mas vc não
faz costuma fazer isso nos relacionamentos. pelo menos, não com a mesma
facilidade ou, melhor, disposição. talvez por isso vc erotize suas amizades"
criada pelo japa subversivo, esta foi uma conclusão sábia a meu respeito...
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
tempo e querer
e nesse tempo que passou, muita coisa aconteceu...
dancei,
chorei
gozei
separei
reencontrei
cozinhei arroz doce com canela
li
assisti homem de ferro
andei
cansei
me angustiei
e constatei, mais uma vez, que não estou dentro de alguns padrões e isto me custa caro.
não quero romance de folhetim
não quero marido
não quero desatenção
não sei o que quero
nunca sei o que quero
mas o que não quero eu sempre sei
sábado, 11 de outubro de 2008
semana de
foi tanta a saudade que subiu pra cabeça!
mas tb foi uma semana de tentar outro trampo (ainda pode rolar),
de me irritar no atual trabalho,
de tomar petit gateau,
de me irritar com a vivo
se cortar o cabelo
de ver o curso de corte e costura
de sonhar que pagaria todas as minhas contas
de sentir uma ovntade louca de beijar na boca
de assistir homem de ferro - FABULOSO
de matar saudade do meu amigo brasileiro que vive em moscou
de brincar de seduçao com um sedutor nato - nem me abalei
de constatar que estou cada vez mais afastada do rap
de constatar que posso vir a ser cotidiana e tributável.. só não serei fútil porque isto seria minha sentença de morte
mas tb foi uma semana de estar destrambelhada
de sonhar que veria pedro juan
de ganhar cuidados inesperados
de sonhar com os cuidados de quem está no outro continente...
de perceber que minha guarda está muito abaixada pra ele...
foi uma semana intensa...
e estou ansiosa por segunda-feira... quando ele volta e a vida pode tomar um rumo mais cotidiano, mais tributável, mais comum...
que isto não seja o meu fim!
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
domingo, 5 de outubro de 2008
angústia
com as novidades que estão chegando (menos)
com o que ainda não consegui mudar (mais)
hoje tive uma idéia absurda...
estudar mais.. fazer um curso muuito foda...
acho que já não tenho idade pra coisa...
mas, sei lá..
algo precisa mudar...
e eu sou agente desta mudança.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Cuidar da amizade
uma velha amiga, a amiga mais nada a ver comigo, me diz que amizade é como uma árvore. Tem folhas que caem pra dar lugar a novas folhas.
Para mim, estas comparações não são antagônicas, elas são complementares.
Árvore, para ser árvore, um dia foi planta.
Árvore, pra crescer precisa de luz, calor e água.
E amizade?
precisa do quê?
Quais são os alimentos de uma amizade?
Quais são os alimentos do amor?
Amor é uma planta?
Relações são como plantas?
Nunca pensei sobre o amor e o bem-querer de maneira mais romântica...
Pensei na amizade, meu tesouro mais precioso.
Amizade precisa de Companheirismo e de Confiança. Ela nem sempre precisa de Cotidiano mas um pouco de cotidiano ajuda. Três Cs que, a meu ver, são cruciais para que a plantinha amizade se torne uma árvore.
A gente sempre conhece bem o amigo, né? A gente cuida dele, toma cuidado com as palavras, escolhe a maneira de dizer mas, geralmente, dizemos. Se tem que dar puxão de orelha, damos. Se temos que chorar, choramos. Se ele pede colo (às vezes nem pede), oferecemos.
Amigo a gente compartilha aquilo que não podemos compartilhar com mais ninguém; ou aquilo que só faz sentido compartilhar com ele.
Anos atrás, quando usávamos camiseta pólo 3 vezes maior do que nós, eu compartilhei meu amor platônico com você. Você foi a uma festa que ele tocou e nada ficou de especial. Como do meu amor platônico.
Quando você se separou, minha amizade com ele estava tão enraizada.. não era nenhuma paineira, de raízes profundas, nem uma árvore com uma sombra imensa.. mas era uma amizade com um tronco bem grosso, onde eu podia amarrar minha rede e desfrutar da pouca sombra que ela me oferece. Mas eu tenho consciência de que sou uma das pessoas que mais desfruta da maior sombra que ele pode criar pra uma amiga.
Daí você entrou nas nossas vidas.. se tornou parceira.. bolsinha pros flyers, amizades feitas na pista. Você passou a conhecer mais os músicos do que as músicas que eles criaram. Este repertório era novo pra você. As pessoas, não.
Neste meio tempo, minha árvore perdeu alguns troncos antigos e de sombra larga.
E o filósofo, dj nas horas vagas, juntou pontos que estavam ali mas ninguém tinha ligado ainda.
E veio o caos!
Um caos bom, cheio de bem-querer, de cuidado, de afeto... e de amizade.
Filmes chineses, Nicholas Tsé, Marina, Alain, aeroporto...
Daí veio a caixa de Pandora.
De dentro dela saiu a insegurança, a inveja, a mentira, a loucura, a morte, o ciúme...
E árvore passou a ter um pouco de cada um destes ingredientes.
A esperança ficou no fundo da caixa, que foi fechada por Pandora, quando percebeu que tinha feito uma burrada.
A minha esperança está onde?
Solta numa galáxia...
A nossa amizade não cresceu nos últimos meses.
Sofremos.
Chorei.
Doeu em nós duas.
E tudo o que tinha na caixa de Pandora caiu como fuligem nos frutos de nossa árvore.
Se lavar sai?
Se o vento bater, leva embora?
Esta foligem vai cobrir nossa árvore?
Nossa árvore deu um fruto importante. Um bem-querer sagrado, sacramentado em nossos corações.
Este bem-querer nasceu lindo, como o Nicholas Tsé que amamos.
Nasceu inocente como a chinesinha do outro filme.
Ele tava lá... com dedos se entrelaçando, com suspiros, com a memória do perfume, com mensagens repletas de afeto, de sensualidade, de respeito, sendo trocadas...
O tato era novo. O terreno era novo.
Passou um furacão e o terreno está revirado. Incerto.
Compatilhar passa por um outro aspecto: “quanto ou o que eu posso compartilhar sem que isto machuque o outro?”
Compartilhar passou a ser ideológico. Uma estratégia pra alimentar uma árvore e, de quebra, manter seu fruto.
“Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está
Nem desistir
nem tentar
Agora tanto faz...”
Tanto faz porque o bem-querer, o afeto está lá... sussurrado, pedindo pausa... mas não pedindo desistência.
A tesão está lá... reprimido, sufocado, ignorado.
A amizade está lá, perdida, solta na galáxia, sem luz e sem oxigênio. Com pouco calor.
Onde foram parar a confiança e as confidencias? Onde está o cotidiano? Ele existe nas intenções, não nas ações.
A intimidade já me fez perder uma árvore.
A falta de intimidade já me deu uma árvore.
Qual é a mais importante? A que tenho hoje ou a que me ensinou até chegar aqui?
E o que fazer com você?
Sucumbir a tua qualidade escorpiana de libido livre somada a minha qualidade ariana de fazer primeiro e pensar depois?
Esperar?
Esperar o quê?
Pelo quê?
Pelo vento que pode atingir nossa árvore e revirar nosso pequeno fruto na terra?
Pela fuligem que pode cobrir o fruto totalmente até ele ficar tão desfigurado que esqueceremos que este pequeno fruto existiu?
Não tenho resposta pra estas perguntas.
Estas respostas não são encontradas solitariamente.
Elas precisam de tempo, de luz e calor.
Precisam do tempo que passa
Precisam de tempo juntas
Pra restabelecer a confiança, a cumplicidade, pra transformar o tesão em algo mais nobre (se este é o objetivo).
Na minha amizade sem intimidade, nunca houve distanciamento. Nunca houve rompimento.
Houve um cuidado tão grande... uma verdade sempre dita (ainda que rasgada e regada à lágrimas)
Não sei como fazer, como agir.
Sinto uma desconfiança que nunca senti com relação a você. Como se você estivesse escondendo algo.. escondendo pra me proteger ou proteger a amizade.
Talvez você não esconda de mim. Talvez esconda de si mesma.
Não dá pra ter tudo na vida? Mas dá pra dar pro outro esperança de que ele terá o que almeja? Esperança de que a mudança virá.
Sinto que você quer mais tempo...
Um tempo que eu poderia dar.. mas sem os porquês, sem os três Cs, este tempo fica parecendo ingenuidade minha e inutilidade.
As coisas estão confusas... a luz não consegue atingir nossas folhas, o calor não vem aquecendo nossos troncos, o cotidiano não vem nos alimentando e nosso fruto está cada vez mais ferido, amassado...
As palavras que não podem ser ditas. O encontro que não pode acontecer. O sexo que não pode rolar ou não... há pressão por todos os lados.
O estado inicial não será restabelecido. O que saiu da caixa de Pandora nunca mais voltou pra dentro da caixa.
Nossa árvore tem loucura, mentira, insegurança...
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
frase
"chamar alguém de feio não te deixa mais bonito; humilhar
alguém não te deixa com prioridade em nada"
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
uma lição de perdão
o passado, com a possibilidade de perda, me fez perceber como carrego dores antigas.. tão profundas, tão difíceis de serem olhadas...
mas tenho a possibilidade de transformar isto. De perdoar.
Mas dói tanto...
não entendo porque dói.
porque eu era menina e inocente?
porque eu confiei e desencantei?
porque me senti sozinha sem saber o que era certo ou errado?
porque descobri que era gostoso e não senti culpa?
porque senti culpa por não sentir culpa?
porque o tempo me mostrou que eu só tinha a mim mesma pra cuidar de mim?
não sei...
não sei porque dói tanto...
mas dói
dói menos porque fui amparada por aquele que é tão duro comigo mas sabe como cuidar de mim...
na doçura dureza de quem busca o equilíbrio, encontrei cuidado.
não preciso de cuidado a toda hora
não preciso que olhem pra mim e me afaguem o tempo todo
mas preciso de cuidado e afago também.
agora, este que me fez sentir e viver toda esta confusão, está em processo de despedida deste mundo e eu não sei qual a melhor atitude a tomar.
concordo com o conselho que ouvi aos prantos: tem que perdoar.
perdoarei.
eu sei que sim.
mas não sei por qual caminho.
quero fazer direito, por inteiro, intensamente... pra dor diminuir, pra que ele parta e cumpra seu destino sem o peso de sei lá o quê...
mas como perdoar?
como dizer que não foi nada se ainda há dor?
como deixar esta dor?
perdoando?
não sei, ainda, como fazer tudo isto...
a criança que fui e trago em mim, ainda se assusta.
talvez devesse ter aprendido a ser forte
(mas eu sou forte!)
pra superar isto de maneira mais leve
talvez eu devesse simplesmente abandonar!
deixar numa esquina e não passar por lá durante 7 dias.
talvez devesse dizer pra ele: "não entendi porque vc fez aquilo, talvez eu nunca entenda, mas saiba que doeu e eu não te odeio por isto"...
talvez seja isto...
talvez seja assim...
o importante é que ele descanse em paz e eu tb fique em paz.
paz!
terça-feira, 23 de setembro de 2008
tem mais!
tem que ter...
porque desejo não é uma coisa simples..
a gente tem medo,
se assusta,
surpreende
é surpreendido
"tem que controlar" - pura bobagem...
a gente tem muito medo de se entregar aos próprios desejos
eu também tenho
me entregar a um desejo pode significar abrir mão de outro afinal, nesta vida não podemos ter tudo, né?
me entregar a um desejo pode mudar a noção de tempo, 15 minutos podem parecer quase 1hora.
Eu estou telúrica, enraizada mas estou leve..
hoje meu desejo foi bem acariciado, bem tratado, bem sussurrado, bem aninhado...
foi dançado
celebrado
gargalhado
foi lindo!
também foi profundo, cúmplice, revelador
li um comentário no livro "conversas com almodóvar", de frederic strauss que dizia o seguinte:
"com o passar do tempo, a sexualidade deixou de ser o principal vetor do
desejo e dos sentimentos em seus filmes"
acho que sexo ainda é um vetor do desejo e dos meus sentimento. Sem desejo não sou ninguém ou sou: amarga, séria.. sei lá.. sou chata!
preciso do desejo na minha vida
preciso que ele se aflore como sexo, que jorre como sensualidade, que esteja na minha intimidade
preciso de cumplicidade pra me sentir à vontade pra expôr o que, para mim, é um tesouro.
Não sou filha de Oxum à toa...
mas todo desejo encontra um freio
talvez ele seja necessário mas eu não quero freios! há tão pouco que descobri como é bom estar por inteiro em qualquer parte!
é bom estar na companhia de alguém cheiroso, vigoroso, bem yang
mas não posso abrir mão da doçura, da pele macia, da leveza que existe no yin
preciso de um e de outro... do yin e do yang é equilíbrio, né?
e falando em equilíbrio, que saudade... sinto uma saudade imensa do meu amigo que busca equilíbrio.. sinto uma saudade imensa da amiga que só anda em desequilíbrio... faz falta... mas sinto em meu coração que não é momento pra procurar nehum, nem outro...
a vida tá pra outro ritmo
e falando em ritmo, hoje eu dancei! Gilberto Gil...
Bom, "dançar" é modo de falar... mas, pro meu universo, eu dancei.
e queria dançar mais!
e queria dançar de novo...
mas fatores alheios a minha vontade frearam este desejo.
Viu? já tem freios demais nesta vida pra quê vou colocar mais um?
-----
agora sim, o assunto está temporariamente esgotado!
Desejo
estou lendo um livro sobre almodóvar, de longe meu cineasta preferido...
está sendo uma revelação sobre mim mesma.
Desejo é minha força motriz.
Sem ela não sou muito, sou nada.
Lido com o desejo na forma mais primitiva - e me entregar a ele me faz muito feliz.
por isto a pluralidade, a diversidade e a luta por me manter livre
mas também sei que tem desejo - ou ausência dele - quando deixo de ler, deixo de ver esta ou aquela pessoa, este ou aquele filme
desejo está em tudo
na boca, na pele, no cheiro
no abraço, no beijo, na intimidade
no futuro
sem desejo eu não sou ninguém
Pedro Almodóvar
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
alegria
alegria pelo branco de oxalá que visto
pelo boa noite que recebo
pela luz linda neste inverno de sol gelado...
alegria pelos beijos prometidos
alegria pelas pessoas na minha vida
alegria por estar aqui
existir
pela plenitude de ser quem eu sou
com toda a minha desconfiança,
minha coluna de velha
meu crochê - aprendendo o crochê tunisiano
meus resmungos
meus beijos molhados na boca daquele que me faz rir
são tantas coisas...
há tanto em mim que me faz única...
mas celebro e isto me faz alegre!
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
o que seria da minha vida
o magno - que me ensinou o que é matraca
o igor - xereta e inquieto
as crianças da zona sul que reagem, respondem e provocam...
a nayana
a mirela
a rafaela
crianças da norte que se identificam, que buscam e andam coladas comigo?
minha vida seria monótona, cotidiana e tributada.
são crianças como estas que me garantem que estou no caminho certo...
então, "bora lá"!
terça-feira, 16 de setembro de 2008
a vida acontece
cheia de surpresas...
domingo estive no Revelando São Paulo... foi muito bom... bom, porque espantou o frio que me acompanhava desde o Ibirapuera, bom porque vi um grupo de fandango - oh coisa mias caipira e paulista! achei bem legal... bom porque vi muita coisa do meu estado que eu nem sonhava... uns crochês lindos.. maravilhosos... e, finalmente, comi um virado. Virado é como tutu só que feito com farinha de milho.. vou tentar fazer um destes em casa...
mas ando com preguiça de cozinhar... de inventar coisas.
tem sido muito bom ter companhia pra dormir...
ainda que as noites dormidas, às vezes, tenham conflitos...
minha espada anda muito disposta à guerras... mas todas pra me proteger.
tenho um desafio que é construir a intimidade aos poucos.. gosto quando a combustão é imediata. É meu jeito de ser romântica.
Onde aconteceu esta combustão, as coisas estão muito evasivas... a pessoa se colocou numas trevas que mais parecem uma arredoma...
se a vida tá acontecendo, tem mais é que se jogar pra dentro dela!
mas tem esta outra coisa de construir intimidade... leva tempo e todo mundo tem passado, né? uma palavra, um gesto ou uma situação pode abrir um arquivo e a pessoa reage de acordo com aquela informação.
Eu também faço isto...
referência a bananas sempre envolvem mães controladoras, por exemplo.. e olha como osu boazinha de dizer isto? eu poderia dizer que eram um bando de doentes... bom, danem-se os bananas e suas mães doentes.
O fato é que no mundo há muitos moços bonitos, com diferentes histórias e incrivelmente assombrados. Todos se protegem de alguma coisa, todos se resguardam de alguma coisa mas todos querem conhecer muito do corpo do outro.
Eu não nego que esta parte é deliciosa... adoro encontrar uns Indiana Jones da intimidade... mas falta alguma coisa, sabe? eu sei o que falta... mas não quero pensar nisto.. não há muito o que eu possa fazer...
o que eu quero?
aquele sexo olho no olho, a intimidade perigosa, a troca de energia, o calor percorrendo o corpo e, o mais importante, que eles não ejaculem!
não é sonho meu.. é possível encontrar alguém que tenha controle sobre isto para que não disperdice energia, para que não morra depois do gozo, para que não envelheça da pior maneira.
alguém que seja tão cheio de magnetismo que...
vixi... esta coisa é perigosa... mas que graça tem a vida se a gente não correr riscos?
quero uma intimidade que seja cúmplice.
enquanto isto não acontece, eu vou brincando um pouco... sendo feliz aqui e ali... às vezes, sendo triste - porque a tristeza faz parte da vida... às vezes passando a noite em claro porque o cara gostou tanto de tudo que me deixou na mão.. daí eu puxo meu facão e vou pra briga...
ai.. que novela!
o importante é que a vida tá acontecendo.... no ritmo de alguns, bem controlado, no de outros, bem inconsequente.. mas a vida tá acontecendo. é isto o que importa.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Raridades
Tenho sentido uma destas raridades – que não anula o desejo por outras raridades, talvez retarde a busca..
A raridade de ter uma boa noite de sono aconchegada ao corpo de um homem é uma das raridades mais raras na minha vida.
A raridade de não chegar ao deleite a cada 2 ou 3 minutos, é outra raridade muito rara
Minhas raridades são assim, tem a ver com o desejo, com a intimidade.
Quando emoções como esta são raras na minha vida, eu sou uma pessoa triste.
Quando não estou me contorcendo nos braços de alguém, minha vida é cinza.
Quando não estou quente, estou gelada e sou uma mulher sem brilho.
Na última semana eu tive tudo isto... intimidade, alegria, colorido, brilho... também tive lágrimas... talvez meu lado dramático seja mais latente do que eu sou capaz de reconhecer.
Na última semana não tive medo de ter trazer o cheiro deste homem comigo, não tive medo de ser desinteressante pra ele, não tive medo de ser abandonada por ele, não cogitei nenhuma tristeza, nenhum sentimento que pudesse terminar com minha alegria, meu brilho, meu mundo colorido.
O dia-a-dia tem se revelado saboroso, livre, humorado, ameno... tem sido presenteado com pequenas surpresas, pequenos lembretes de que não estou sozinha, de que sou cuidada e protegida, de que sou querida e desejada.
Mas não estou livre das minhas incoerências...
Mel, o alimento da minha alma, o que conforta meu coração e cura as feridas é também o nome daquela a quem espero por tanto tempo... e só agora, neste momento em que minha cabeça foi consagrada, é que posso vislumbrar provar deste mel... quatro anos se passaram desde que a reconheci na companhia daquele que não tem mel no coração pra mim...
Ela chegará.. quando? Não sei... logo, eu sei...
Eu não quero mentir, não quero abrir mão de nada, nem de ninguém mas não quero deixar de viver, de sentir, de cuidar, de ser cuidada, de ter todo o deleite que sou capaz e ir até o limite destas histórias todas...
Quero colocá-los juntos, lado a lado, com seus elementos terra, inexistentes no meu céu, me dando chão, me levando às alturas, me alimentando e me dando mais espaço para me sentir plena, inteligente, desejada, feliz.
Quero manter este homem e esta mulher a meu lado enquanto eu for capaz de alimentá-los, aninhá-los, protege-los e soltá-los pelo mundo para que voem, vivam e sejam muito felizes... mas quero que eles sonhem em estar comigo, em estar em mim, em serem parte de mim e, enquanto sonharem e desejarem, eles farão parte de mim, eles estarão em mim, e eu serei cada vez mais eu com eles em mim.
Abençoada seja minha vida que me permite ser tão extensa em mim mesma e na complexidade do universo.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
cheiro que voa e fica
nesta vida eu o reencontrei
o reconheci pelos pés.
eram pés que eu conhecia muito bem
antigos
alma velha
nesta vida, tal como na outra, ele me deixou um legado de lembranças e sensações
minha supresa não é encontrá-lo.
é encontrar parte dele em outro.
um outro tão distinto
tão igual
longilíneo
pele macia
cheiro suave
mas eu sou uma investigadora
procuro, fuço, pergunto
e, metendo meu nariz onde fui chamada, descobri um mesmo cheiro, o cheiro do meu amado-amigo na vida passada, no amado-amigo desta vida.
o cheiro marcante, que inebria, me leva um lugar mágico, a uma consciência tão distinta, tão real e tão profunda que penso ser outra.
o cheiro é indescritível
forte, marcante
suave
picante
doce
sem igual
cheiro bom que me desperta muitos sentidos, muitas sensações
homens marcantes, que deixaram em mim um delicioso legado pra ser lembrado eternamente...
navegando...
domingo, 24 de agosto de 2008
Lágrimas
mas não por dor ou tristeza,
por pura beleza...
beleza que eu vi no gesto do meu padrinho ao receber meu amigo em nosso abaçá.
beleza que eu ouvi nas palavras de alguém que me quer bem, recomendando desfrutar dos conhecimentos da minha casa...
coisas simples, momentos simples, pessoas simples
são as coisas simples que emocionam e me trazem lágrimas aos olhos...
que sejam estas as lágrimas a escorrerem pelo meu rosto: lágrimas de boas emoções
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
O segredo de Beethoven
Muitos anos atrás conheci Mozart e, na época, me identifiquei horrores com a música dele.
Depois veio Bizet. Carmen é uma das músicas que mais amo na vida e a única ópera que assisti até hoje.
Mas este fim de semana eu assisti "o segredo de Beethoven". É sobre o último ano de vida do compositor, justamente o ano em que ele compõe a famosa nona sinfonia. Surdo, ele tinha limitações para reger e conta com sua assistente. Numa época em que composição era para homens, a jovem compositora Ana Holtz encanta e não sucumbe na relação com o gênio. É apaixonante.
Nona me levou às lágrimas...
Daí, chego na academia, cheia de preguiça depois de uma segunda-feira repleta de tarefas domésticas e o que tá tocando? A NONA!!
Terça? a mesmíssima coisa!
Até domingo eu mal conhecia a música e, passados 4 dias já ouvi a música três vezes!
Hora de dar atenção a Beethoven.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
um presente?
domingo, 10 de agosto de 2008
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
bem-estar
estou introspectiva e, às vezes, dou uma espiada no mundo lá fora...
meu corpo é minha casa, meu canto, meu aconchego.
ele foi muito mexido mas, por conta deste movimento todo, me sinto tão bem...
me sinto bem com a atividade física que escolhi,
com a alimentação que tenho,
com o amor que fiz,
com a luz que vi,
a música que ouvi...
me sinto bem com o fundamento que adquiri
me sinto bem com o branco que tenho usado
com os braceletes que tenho carregado (ainda que eles marquem minha pele)
tenho me sentindo tão bem que, a todo momento, me recordo que não deixarei nada, nem ninguém, perturbar esta sensação, esta nova situação adquirida.
domingo, 3 de agosto de 2008
ser e estar
eu a sinto em mim
eu a sinto sobre a mim
sinto sua mão em meus cabelos
sinto sua energia em meu corpo
sinto seu poder na minha carne
ela é ela
poderosa
linda
dengosa
manhosa
com seu cabelo negro enfeitado de dourado
eu sou eu
dengosa
manhosa
determinada
com meu cabelo sob o pano branco
meu corpo protegido por braceletes de poder
meu peito sob o escudo de proteção do pai criador, fazedor de cabeças
eu sou eu
ela é ela
ela em mim
ela é eu
mocoiô, minha rainha!
quarta-feira, 30 de julho de 2008
zerada
cheia de energia
com a cuca fresca e esperançosa na humanidade...
é assim que estou...
depois de muito milho, acaçá com mel, feijão fradinho, ovos, um axé maravilhoso, mil cuidados...
mas de tudo isto fica o compromisso de nunca mais deixar que me atinjam, porque isto reflete em inocentes.
cá estou!
pronta pros próximos rounds!
sábado, 12 de julho de 2008
Gigi e Dedé
não sei se devo me acostumar com esta situação ou se abro a maletinha da esperança e meto a cara de novo... sou ser humano, né? tudo pode acontecer...
minha história com Gigi nao tem história.
tem ausências, débitos, promessas não cumpridas, um namorado inseguro, uma mulher que vive sendo atropelada pelo próprio ritmo, pelas próprias escolhas...
neste meio tempo teve algo bom...
Dedé.
tb do Ceará, como Gigi.
Dedé e Gigi.
Colocaram Dedé no meu caminho pra eu me sentir segura e dar o passo definitivo pra fora desta história com Gigi.
Saí.
Dedé voltou pra sua fortaleza
Gigi voltou (será que algum dia saiu?) pro seu bom retiro
e cá estou, no centenário, sob a guarda de vários santos, o jorge, o mateus, a bárbara..
com o cuidado de alguns amigos, a nara, o kleber, o tom, o jorge...
nao posso me queixar.. tenho aquilo que cultivei...
mas ainda falta vc.
Cara navegante!
"a vida está repleta de separações, que elas não te façam amar menos".
é muito importante que eu não esqueça disto pra não fraquejar.. alguém tem que ser firme nas decisões, manter a palavra.. prefiro que seja eu porque eu jamais me perdoarei por ter voltado atrás em algo que estou plenamente convicta de que estou certa.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
soy todo mezclado
quinta-feira, 10 de julho de 2008
do blog da cidinha
que quer e que sempre quis
merece
que os deuses escutem sua prece
até o que nunca acontece
aconteça
que a longa noite amanheça
que a felicidade apareça
na forma disforme da luz
que o amor que é ausência
e razão de sofrer
transforme-se em bem-querer
então esse bem-querer cresça
cresça como a flor
cresce no mangueem meio ao manguezal
manguetown
cresça e fique imenso querer bem
até que essa pessoa esqueça o mal".
(Chico César)
pra não esquecer
Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato paraque acredite nele e o sinta intensamente.
(Leila Diniz)
do orkut de alguém
Quem foi a anta que disse
que tem que dar tapa na cara?
que tem engolir a porra do fulano?
quem disse que mulher se excita com isto?
tá.. tem gosto pra tudo..
mas não é o meu.
sou à moda antiga... se é que pode-se afirmar isto a meu respeito.. há quem o faça.. azar o dele.
sexo não tem a ver com humilhação - a não ser que seja de comum acordo
sexo não tem a ver com dominação - a não se que seja de comum acordo
sexo não é competição de velocidade - ver quem goza primeiro
sexo não é quebra de recordes de velocidade - quem se movimenta mais rápido...
fica parecendo cachorro cruzando.. enganha na mulher e mete, mete, mete... sem sentir nada.. sem sentir a energia fluir, o corpo esquentar, arrepiar, tremer...
transa sem sentir a pele suada, o som do gemido, o sussurro pedindo, elogiando...
não desfruta
não saboreia
isto não é pra mim
quem quiser isto, não me procure.
Eu quero o mais difícil.. quero sentir o outro perder o próprio controle, quero ir ao âmago e não ficar na superfície.
quero saber se o sabor da pessoa é doce ou salgado
se sua mais nas costas ou no peito
se goza de olho fechado ou aberto
quero sentir o outro procurando meu cheiro, meu sabor, meu calor...
quero o outro aproveitando meus gemidos e provocando mais...
não quero violência
não quero agressão
nem tapa na cara
ninguém segurando minha cabeça, como se eu não soubesse a direção ou a pressão. Não sei mesmo.. então, me deixa descobrir...
não sei porque cada um tem um jeito, uma preferência.. cada um é de um jeito...
agora ficar lá, dirigindo a ação, é coisa pra diretor de filme pornô. Eu não sou atriz, não ganho pra isto. Nada contra quem faça mas não é o meu caso, então, não me trate assim.
Não quero nada disto...
muitas mulheres não querem
e cada uma foge disto do jeito que pode, com as armas que tem.
Minha fuga é uma fuga honrosa. Saio dizendo: "não atendo tua expectativa nem vc atende a minha então vamos deixar no gelo"
que horror...
quanta gente covarde e superficial no mundo.
Nestas horas agradeço meus não-acontecimentos. São muito melhores do que um sexo com efeito colateral.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Do outro lado
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Vida de Tartaruga
Não estou atrás de vida longa...
em alguns momentos quero vida intensa
"vida louca, vida
vida breve
já que eu não posso te levar
quero que vc me leve"
mas a "sucessiva sucessão de sucessões" de nãos-acontecimentos me faz querer, neste momento, ser uma tartaruga: ter um casco, enfiar minha cabeça dentro dele e de vez em quando sair pra dar uma espiada e ver o que acontece no mundo.
Quero aprender alguma coisa com a tartaruga. Tenho que aprender.. já passou da hora...
Urubatan me disse que sou uma flor sem espinho - a humanidade acha que me conhece e só enxerga meus espinhos...
Eu acho que ele tem toda a razão - quem sou eu pra discordar de um caboclo? bom, já discordei uma vez mas não foi minha culpa se ele estava mal informado e, com permissão, um veneno, mal assessorado.
Não criei espinho, vou aprender com a tartaruga. Quem sabe a tartaruga dourada que ensina força, resistência e fortalece minha energia interior?
Não sei quantas tartarugas douradas terei que fazer para criar um casco que me permita permanecer neste mundo sem tanta dor, sem adicionar mais um cicatriz ao conjunto que já trago comingo.
Todo mundo tem as suas cicatrizes, eu sei. Cada uma delas tem um nome, uma história, uma data. Mas eu estou cansada de acumular ferimentos. Para cada 10 ferimentos surge um acalanto, um sopro que alivia a dor mas, passou o sopro, a dor está lá.
O casco de tartaruga protege o corpo dela, né? Ajuda a bichinha a não ser ferida a cada combate, a cada embate...
meu espírito é de luta, eu sei... não vou deixar de ir pra guerra mas, poxa vida! Dá pra ter mais paz do que guerra? mais deleite do que lágrimas? mais afeto do que covardia? mais honestidade do que hipocrisia?
Espero que sim... que existam mais tartarugas no meu mundo de elefantes e corujas!
domingo, 6 de julho de 2008
Espaço para Francisco agir
domingo, 29 de junho de 2008
A caixa de pandora
O eremita
segunda-feira, 23 de junho de 2008
sensações
tremedeira quando falamos ao telefone,
calor quando nos abraçamos
desejo quando nos tocamos
tudo temperado com amizade e bem-querer
como se tivéssemos 12anos outra vez...
o medo de perder a companhia
o temor de tudo dar errado
o horror à distância...
tudo tão efêmero...
tudo tão real
tão sublime
já me sinto felizarda por sentir tudo isto, ainda que confuso, atropelado, com interferências...
mas acho que ficará tudo bem...
quinta-feira, 19 de junho de 2008
faça a coisa certa
pra quem abriu a caixa de pandora e agora não segura a onda das descobertas?
ou pra quem está cheio de sede pra experimentar-se em novas sensações?
ou pra quem está cansado dos não-acontecimentos na vida?
ou pra aqueles a amizade custa caro?
fazer a coisa certa a troco de quê?
de não ter problemas no futuro?
de ser apontada como a que fez bem? ainda que o preço a ser pago fosse a distância de alguém que queremos muito?
não sei...
só tenho a voz, meu grilo falante, ecoando na minha cabeça: "tem que fazer a coisa certa, meu"
o preço, talvez, seja o de não me ligar a quem está preso.
Ela está presa a ele que é um homem preso.
Não preciso disto.
Que ela venha livre, disponível e sem a possibilidade de magoar ninguém, a não ser nós mesmas.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Nostalgia
há 20 anos o jorge era meu professor de matemática.
Uma amiga querida - e geniosa, a Luciana - faria aniversário daqu um mês.
Em dias frios como os do outono paulistano, eu usava a blusa do Carlos - tão perfumada...
eu fazia bolo nega maluca com a Valéria e ouvia a Bandeirantes todas as manhãs e chorava quando ouvia Chaka Khan...
eu gostava de tudo isto...
mas queria mais do que isto...
queria amigos diferentes, ampliar o horizonte, falar outras línguas, viajar - ainda que não saísse do lugar.
Consegui tudo isto... olhando hoje, vejo que fui modesta nos meus sonhos..
mas estas pessoas todas, a Luciana, o Jorge, o Carlos, a Valéria.. tem mais! o Evando, os Ratos Norturnos, Marcos, Max, Claudio Aranha, Fabio, Adriana! algumas estão conectadas entre si.. outras, estão por aí...
eu sou uma das que mais se afastou.. não sei de ninguém...
escolhi um lugar no mundo do qual não tem volta..
voltar pra onde? pras relações convencionais, casamento, filhos, discussões sobre processos de rejuvenescimento (nem sei escrever a palavra!)
neste lugar não tem espaço pra este passado.. só na lembrança.. e tem tanta coisa que eu esqueci...
tanta gente que eu esqueci e não queria esquecer...
tanta gente que eu quero rever e não sei se será possível.
não sei.. deu uma nostalgia disto tudo... deste momento da vida, de quando meu maior problema era o vestibulinho, dos livros que eu lia, dos namorados que eu não queria, não me interessavam pra nada...
hoje estou mais linha-dura com alguns amigos... alguns, bem poucos... mas eles merecem! ficam recolhidos num recanto em si mesmo e não dão espaço então, não vou forçar espaço...
mas estas lembranças todas só puderam ser despertadas porque algúem, aliada da memória, despertou isto...
além deste poderoso aliado, desperta tantos outros sentimentos, tantos pensamentos e tantas sensações...
alguém que já ocupa um lugar especial na minha vida, no meu coração mas, provavelmente, assim como eu não soube dizer isto pro carlos 20 anos atrás, não vá dizer isto pra ela... não do jeito que merece ser dito e ouvido.
em 20 anos, acumulei muito e não aprendi tudo...
preciso de mais tempo aqui...
otimizar melhor isto tudo...
manter as pessoas na minha vida.. é meu mairo desejo.. sempre...
mas tem gente que vai, né?
algumas partidas são um alívio, outras profundamente doloridas mas, muitas outras, deixam este sentimento que povoa os corações latino-americanos.. "la nostalgía"
domingo, 8 de junho de 2008
Encontro de dois que falaram sobre a "cegueira"
Depois de uma semana que pareceu uma verdadeira montanha russa emocional, saí de Cannes no sábado e fui para Lisboa mostrar o filme “Ensaio sobre a Cegueira” para o autor da história, José Saramago. Por meses, antecipei o quanto a sessão me deixaria ansioso - e não estava errado.
Infelizmente, o cine São Jorge, que nos foi reservado, não tinha projeção digital, então foi improvisado um sistema para passarmos nossa fita. Pensei em desistir de mostrar o filme ao ver um teste da projeção, mas o escritor já estava na sala de espera e, em respeito ao compromisso, achei melhor ir em frente. Sentei-me ao seu lado, expliquei aos poucos amigos presentes que só havia legendas em francês e começamos a ver o filme. Sofri cada vez que uma imagem não aparecia ou que uma música mal soava. Ele assistiu ao filme todo mudo e sem reação nenhuma.
Ao final da sessão, quando os créditos começaram a subir, sua mulher, Pilar, debruçou-se sobre Saramago e me agradeceu, emocionada. Silêncio ao meu lado. Antes de terminar os créditos principais, as luzes do cinema foram acesas, eu ousei olhar para o lado e vi que ele fitava a tela sem reação, como se estivesse interessado no nome dos assistentes de cenografia que passavam.
Deu tudo errado, pensei. Toquei seu braço levemente e lhe falei que ele não precisava comentar nada naquele momento, mas, então, com uma voz embargada, ele me disse, pausadamente: “Fernando, eu me sinto tão feliz hoje, ao terminar de ver este filme, como quando acabei de escrever ‘O Ensaio sobre a Cegueira’”.
Apenas agradeci e ficamos ali quietos. Dois marmanjos segurando as próprias lágrimas em silêncio. Ele passou a mão nos olhos, disfarçando a sua.Pensei no meu pai. Emoção sólida, dessas que se pode cortar em fatias com uma faca. Num impulso, beijei sua testa. Na conversa e no jantar que se seguiram, ele disse que não considera o filme um espelho de seu trabalho e que nem poderia ser assim, pois cada pessoa tem uma sensibilidade diferente.
Disse ter gostado da experiência de ver algo que conhecia, mas que, ao mesmo tempo, não conhecia. Falou que o filme não era perfeito, mas que nunca havia assistido a um filme perfeito. Comentou algumas imagens que o emocionaram especialmente e disse ter achado o nosso Cão das Lágrimas muito doce; preferia que fosse mais agressivo. Quando lhe contei sobre as críticas favoráveis e contrárias ao filme em Cannes, incluindo a da Folha, ele imediatamente lembrou e recontou aquela historinha do velho que vem puxando um burro montado por uma criança.
Um passante vê aquilo e acha absurdo a criança estar montada enquanto um velho caminha, então eles invertem a posição. Outro passante cruza com o grupo e reclama da situação: “Como um adulto deixa uma criança a pé enquanto vai confortavelmente montado?” Então, os dois montam no burro, mas alguém acha aquilo uma crueldade com um animal tão pequeno. Finalmente, resolvem ambos carregar o burro nas costas, até que outro passante observa como são estúpidos por carregar o animal. E, enfim, o velho decide voltar para a primeira situação e parar de dar importância ao que dizem.
“É isso que faço sempre”, concluiu o escritor. Acabo de deixar José Saramago e sua mulher no Ministério da Cultura de Portugal, onde está sendo exibida uma retrospectiva de seu trabalho e sua vida. Houve uma pequena coletiva de imprensa ali, depois de visitarmos juntos a exposição. Meu filminho de menos de duas horas me pareceu muito insignificante ao ser colocado ao lado daquela obra de uma vida inteira.
************
recebi pelo orkut, de algu[em muito especial que sabe que tenho apixão por este livro, Ensaio sobre a Cegueira...
sábado, 7 de junho de 2008
esparramada em lugar nenhum
recolhida de amores, de louvores, de amigos...
recolhida do vento, da água, do sol...
Oolhando pro tempo, sonho com uma porta especial.
uma porta leva ao salão das luzes... a outra, ao salão das trevas sem fim.
Na real é a mesma sala, apenas a fada dos djens não permite a luz entrar, se ela assim quiser.
As coisas mais simples do mundo são as mais difícies de alcançar.
Acreditar, amar, respeitar, se encantar, viver.
Me esparramo e não junto nada...
me esparramo e não saio da encruzilhada
não me junto e não saio do meu canto
dizer que não suporto esta situação é clichê e covardia.
As saídas estão todas na minha mão, nas minhas escolhas mas, por alguma razão desconhecida pra mim, até então, estou casada com a insegurança.
Esparramada por tudo e por nada não me arrisco, não ouso, não sonho muito.
Ao mesmo tempo, tudo é uma auto-contemplação, um momento tão ímpar...
mas mantenho alguns dos meus combinados: nada de auto-comiseração, nada de encontros vazios, nada de gente sugando meu pescoço.
onde isto vai dar?
não sei...
onde eu quiser que desemboque - eu sei..
difícil é escolher...
segunda-feira, 2 de junho de 2008
sábado, 31 de maio de 2008
once upon a time in china
um pouco de cultura milenar pra alegrar o coração e perceber que não chegamos a este mundo ontem e que somos só mais uma, importante, porém mais uma peça nesta engrenagem louca que é a vida...
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Nicholas Tse
quinta-feira, 8 de maio de 2008
um chá-chá-chá
tem momentos que ela é puro jazz, imprevisível. às vezes um rock 'n roll com uma cozinha de tremer a vizinhança.
não sei qual ritmo estou dançando agora...
tudo tão incerto...
o desejo, o corpo, a mente... a alma inquieta... tudo isto me perturba.
e tem o toque... a mão macia, a ansia de querer mais... de dançar ao som de erika badu com uma pessoa, de ouvir macy grae com outra...
de comer cogumelos com um chinês e deixá-lo fazendo aquilo que ele gosta de faze: ver... aqueles olhos curiosos querendo ver tudo do mundo..
quero dançar com todos eles! e com muitos mais!
mas sei que me coloco como segunda opção para todos eles... e todos eles tem seus pares prediletos, seus ritmos prediletos.. não sei se há algum ritmo ou par a quem eu tenha preferência...
enquanto isto sigo no bolero...
segunda-feira, 28 de abril de 2008
o de sempre... pensando...
a definição desta fase foi dada por alguém que entende do assunto e tem anos de janela... uma amiga taurina que sempre tem um puxão de orelha guardado pra mim misturado a mil palavras de incentivo e pontos de vista muito distintos.
De acordo com ela sou uma pessoa "EM PLENA TRANSICAO E COM NECESSIDADE DE TEMPO PARA MUDAR, REFLETIR E ACEITAR CERTAS COISAS"
não tá fácil.
A crise existencial tá abalando as mulheres de 30 e alguns??
tempos de mudança, de cobrança, de evoluir, crescer - e crescer sempre dói.
No meio deste turbilhão todo algumas coisas me dão prazer: a aula de chi kung, meus avanços com a tartaruga dourada e a importância da longevidade - viver muito pra quê? pra ter mais crise existencial, né?
tb tem uma limpeza da medula... nossa.. que coisa forte, viu.
e assim, vamos... adiante, com mudanças, dor, alguma solidão e uma boa dose de reclusão.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
coisas boas desta vida
- estar com os amigos
- suco da rainha do paissandu
- andar descalça na grama
- beijo na boca
- comer chocolate e lamber os dedos
- ouvir moacir santos
- show dos Racionais
- respirar
- almoçar no Lótus
- massagem nos pés
- CÉU DE BRASÍLIA!!!
que saudade..
de muitas coisas, de muitos momentos...
mas, "sou feliz... agora... não, não vá embora"
**********
Você
Tim Maia
Você é algo assim
é tudo pra mim
é como eu sonhava, baby
Você é mais do que sei
mais que pensei
mais que eu esperava, baby
Sou feliz, agora
Não, não vá embora, não
Não sei por que você se foi
Tantas saudades eu senti
e de tristeza vou vivendo.
E aquele adeus que não pude dar
Você marcou a minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E a solidão
Sou feliz, agora
Não, não vá embora, não
Não, não, não
Você é algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava, baby
você é mais do que sei
é mais que pensei
é mais que eu esperava, baby
Sou feliz, agora
Não, não vá embora, não
Não, não, não
pra embalar o fim de semana, após uma semana de celebrações, ausências e encontros maravilhosos
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Minha alma
quinta-feira, 3 de abril de 2008
quarta-feira, 26 de março de 2008
ser livre, estar livre
a gente tem que confiar em si e no outro - não dá pra desconfiar de ambos.
a gente tem que correr riscos...
tem que ser capaz de compartilhar ou guardar por escolha própria
tem que ter discernimento do momento
tem que se permitir andar, experimentar, contemplar
não pode ter medo
não pode ter culpa
não pode ter vergonha
neste momento não me sinto livre
mas vai passar...
sei que vai!
ele acontece...
daí vc desce do salto, perde o rebolado, mas jamias perca o foco.
O foco, no meu caso, é ter bons amigos na minha vida...
amigos de A a Z...
encontros e não-encontros...
mas aí tem a zona de conforto estabelecida a um metro de distância...
a dança do leão solitário que não sabe se vai ou se fica... na dúvida, ele vai-e volta...
e dale Djavan!
"teus sinais me confundem da cabeça aos pés..!"
não sei se por dentro eu devoro... mas, regado a vinho, suco de pêssego, laranja e limão, ou o que seja, pode ser que eu devore...
mas pode ser que eu só tire uma casquinha - tudo é possível!
duvido... I'm starving always!
hahahahah
Faminta
Sedenta
Tranquila
porque nesta vida a gente vive, por mais frágil que sejamos...
ainda bem que há umas balzacas amigas pra compartilhar tudo isto!
terça-feira, 25 de março de 2008
Será que vai doer?
Sabe quando vc espera uma desgraça? quando vc a prevê, tipo furacão?
pois é... tô esperando a minha... tô esperando o momento em que vou desabar de tanto chorar... que o peito vai doer de tanta saudade...
na verdade, não é pra ser nada demais... talvez a tempestade, pra qual me preparei muito mal, nem venha...
talvez venha daqui a uns meses, quando eu menos esperar...
mas tem coisas que vc sabe que vão doer.
Desta vez é a mudança de uma amiga pra Gringolândia. Ela vai morar no cu daquela terra, uma cidadezinha daquelas miudinhas, que deve ser de enlouquecer... eu enlouqueceria...
tô detonando a cidade mas ela poderia estar indo pra maior metrópole da Gringolândia, ainda seria uma perda e eu reclamaria do mesmo jeito, encontraria outros defeitos.
Tem coisas que quero pra minha vida, planos... e eu vou precisar dela aqui... ela não vai faltar, eu sei... tem de tudo hj, né? webcam, msn, skype... mas não é a mesma coisa.. sei lá... talvez tudo fique dirente.. talvez seja igual...
mudança sempre gera uma insegurança.. mudança dói...
esta mudança ainda não tá doendo.. só me deixando apreensiva...
queria dizer mil coisas pra ela, antes que ela se fosse.. queria ter um momento só com ela pra dizer o quanto gosto dela, o quanto ela é importante pra mim, o quanto aprendi com ela.. ou dar um abraço longo e silencioso... deixar o abraço acontecer...
pedir pra ela rezar por mim, torcer por mim, não me esquecer..
sei lá! queria marcar este momento de algum jeito... mas ele vai acontecer, sem marco, sem nenhum acontecimento especial... lá vai ela.. viver a uns 5000 km longe daqui, num lugar frio, num país insano... mas sinto que tudo ficará bem... exceto pela saudade
domingo, 23 de março de 2008
inferno astral, tpm e todas as outras...
"ah, foi a minha tpm", "a minha gastrite", o "meu inferno astral"...
como se tudo isto fosse alheio a nós mesmos.
como se não nos pertencesse...
e, ao mesmo tempo, cultivamos com tanta dedicação... o pronome possessivo não deixa esquecer que estas situações "estressantes" serão carregas e precisamos ser desculpadas quando elas, supostamente, se sobrepõem a nossa vontade.
é difícil, reconheço, lidar com aluugmas situações mas transformar sintomas físicos em responsáveis por nosso mal humor, nossa tristeza ou por qualquer coisa que esteja errada em nossas vidas é jogar o problema pra debaixo do tapete.
Têm situações que são horríveis, que seria preferível que não existissem mas, se elas existem é melhor encará-las, ainda que elas revelem nossa monstruosidade pra nós mesmas.
Fácil não é...
nunca foi...
nunca será...
mas é melhor viver sem omissões.