domingo, 24 de novembro de 2024
Sobre ar e suas dinâmicas
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Há dias que meus pensamentos dao como rodamoinho, um ciclone contindente que se movimenta silenciosamente numa direção wue desconheço e quando me dou conta, o caos pode estar instalado.
Esse ciclone que ao invés de ser formado por massa de ar quente e fria traz em sua estrutura a dúvida e a insegurança.
Fico me perguntando se tá tudo certo, se o pensamento que passou na mente é intuição ou apenas uma ideia obsessiva.
Quando isso acontece eu tento respirar, desabuviar, me distrair... não, não são a mesma coisa.
Respirar fundo.
Respirar alternando as narinas.
Inspirar em 3, expirar em 4; em 5...
Mas a ideia nao dispersou.
Fuço atrás de evidências pra confrontar a ideia que me assombra.
Checo calendário. Confiro se há um furo espio publicações. Encontro silêncio e dezenas de perguntasse formam.
Desanuviar. Enquanto navego nas redes buscando fios que confirmem, ou não, o que tá rodando na minha mente mais do wue carrossel de parque de diversões no verão, eu busco outros pensamentos: "Qual o nome do filme que Al Pacino dança tango?", "será que todas as castanhas têm magnésio?!", "onde está a nascente do Rio São Francisco?", "quem faz aniversário nesta semana?"
De pergunta em pergunta, a mente faz outros trajetos e a ideia de antes fica lá, embaralhada como fios em caixa de restos de novelos, como uma colisão de coisas no redemoinho.
Distrair. Escolho um filme, uma série, um texto, algo que me tire daquele foco.
Já não tô questionando se fiz bem ou não em antecipar o encontro, se a história ta indo rapido demais, se ele tem vários pratinhos, como saberei se ele tem vários pratinhos, que pratinho eu sou nessa prateleira... aí lembro que ele é sossegado. Sossego.
Lembro que é pisciano, desassossego.
Lembro que a mentira é do mentiroso e me tranquilizo.
Se for furada nao vai durar muito tempo porque tenho proteção. Não vou sofrer mais do que em 2021, 2015 e muito menos do que em 2003.
Mais importante de tudo, lembro que ciclones se formam, percorrem alguns quilômetros mas se dissipam sozinhos. "Hay que confiar en la naturaleza."
Vai passar.
Até lá, faço silêncio. Sem mensagens, sem cavar brechas, sem marcar terreno. Se a história não avançar, já nao estou no mesmo lugar. É o que importa.
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