domingo, 16 de janeiro de 2011

mais da vida, menos da covardia

Tenho muita vida pra viver.
Estou irritada com a falta de coragem que presencio cotidianamente.
Quero jogar tudo o que estiver à mão, em cima do covarde pra vida e, quem sabe, ele acorda?
Se acordar, me pergunto, será tarde demais?
Porque estou me acostumando a ser eu por mim mesma e a contar só comigo.
Ser sozinha não é o ideal mas é totalmente possível.
Não sei traduzir o sentimento que tá no meu peito.
Não consigo respirar e relaxar.
Mas não sinto medo.
Quando vejo que posso deixar de amá-lo e que a vida continuará se - e quando - isto acontecer, começo a sentir um pesar pela perda.
Não sei o que poderá substituir mas eu estou cansada das omissões, das mentiras, do descaso, da falta de coragem diante da vida, do pouco comprometimento, da falta de olhar pra si próprio com olhar crítico, dos sonhos que se acumulam e não são batalhados. Estou cansada de olhar nos olhos deste menino-que-não-cresce que ele tem sentimentos profundos por mim e ouvir sua boca negar qualquer afeto íntimo por mim.
Quero vida e coragem pra vivê-la! A coragem que eu tenho não permitirei que dêem fim a ela.
Não tenho tanta coragem assim.. uma vida a dois seria a morte pra mim... mas eu topo algo ponderado! sou totalmente aberta a negociações! Não sou aberta a embromações!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Tempo Rei, me fez Rainha

A Vida tem sua sabedoria... escrevi pela última vez neste blog, poucos dias antes de engravidar.
A gestação foi do tipo: "matando um leão por dia" e hoje, com minha gata-gatinha de 5 meses, enfrentamos pequenos ajustes.
Estes ajustes são de todas as ordens... com a casa, as contas, os horários, os afazeres etc.
Mas há um ajuste que me perturba, que é o de nada servir pra mim.
Não me serve pouco amor, nem pouca atenção.
Não me serve a falta de estilo
Não me serve o torço que eu usava no cabelo.
Não me serve a palavra dura a fim de me ferir.
Não me serve a mentira nem as meias-verdades.
Não me serve, para nada, a ausência.
A presença serve pra me por em xeque, me confundir, me questionar.
O sentimento serve para mostrar o quanto mudei, o quanto sou mais paciente, o quanto estou mais sábia...
mais cansada, menos rodeada de gente, menos compromissada com a rua.
A porta arrombada serve pra mostrar que o conflito não é benéfico.
A jura serve pra mostrar que o homem ainda é muito menino.
Talvez mais do que eu possa entender.
Talvez menos do que eu possa tolerar.
O descaso com datas e momentos simbólicos não serve para nada além de me afastar.
Mas, C$%¨&@¨$!!! A Vida já mostrou que estar longe um do outro é estupidez! Nos uniu de um jeito que será impossível de separar, selou nossas almas por toda esta existência e quantas mais existirem! e da melhor forma possível!
Eu celebro a vida! Eu tenho coragem - e loucura - suficiente pra celebrá-la, me jogar nela, reconhecer minhas chatices e minhas frustrações e seguir na caminhada. Por onde for, pelo tempo que houver, da maneira que eu puder.