domingo, 20 de novembro de 2011

Um dia me disseram: "os homens amam os filhos da mulher com quem ele está". Duramente, aprendi que é verdade... só não imaginei que fosse acontecer tão rápido.
Minha filha tem 15 meses. Hoje eu soube que o pai dela - que não a vê há 3meses, está morando com uma mulher que tem dois filhos. Ele tem duas e, com certeza, não cuida de uma.
Difícil não me sentir um lixo diante desta situação. Lixo, por ter acreditado nele várias vezes, por ter escolhido tão mal, por ter me permitido algo que, futuramente, minha pequena flor do cerrado poderá lamentar. Pai ausente nunca é uma situação indiferente para a criança.
Por outro lado, não consigo acreditar que este "casamento" deva ser levado a sério. Sei que quando acontecer de alguém vir morar comigo, haverá sentimento de verdade. Da minha parte, eu sempre posso garantir a honestidade... já da outra...
Por pensamentos como este, é que ficarei como estou, já que desconfio de qualquer um que se mexa, tenha duas pernas e não seja a bebezinha do quarto ao lado.
Bom, gostaria de encontrar uma palavra, ou duas, pra traduzir este momento. Não é raiva ou ódio. Tão pouco amor. Ainda era verão quando deixei de amar o pai da minha filha.
O tempo (sempre ele!) deverá trazer a palavra... assim como levar este sentimento para o vento.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Estou cansada...
"cansada do lirismo comedido"
não.
cansada da mesmice descarada.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

passos passados e passos futuros

O tempo... sempre ele...
ele tra novos deveres, anuncia a obrigação e cá estou, sem perspectiva do que serão as próximas semanas e os compromissos não dão trégua.
às vezes acho que estou numa bolha, alheia ao desespero que seria esperado para o momento.
Outras vezes, penso que se estou calma é porque estou otimista e confiante de que o melhor acontecerá.
Em todo o caso, há uma pitada de loucura aí.
A maior mudança anunciada é a saída do emprego. Coisa prática e perfeitamente adequada - o que é irônico ou insano. Se considerar o mundo na sua forma toma-lá-dá-cá, está é a maior mudança.
Se devo considerar como maior mudança aquela que afetará a vida toda (mais uma deste tipo chegando) então esta é o anúncio de que minha mameta quer a obrigação.
Me vejo cumprindo tudo... o trampo chegando, um ano se passando, eu recolhendo e minha flor do cerrado passando os 21 dias comigo, me vejo no preceito, o primeiro ano cheio de axé e novidade e, nos demais, um novo rumo na vida.
Otimismo ou loucura. Ainda não sei.
Sei que me apego à mameta quando perco o chão, que agradeço a ela quando percebo que fui agraciada ou protegida e me desculpo quando penso que não dei conta de algo que poderia ter dado. Sei que ela cuida muito de mim e me deu de presente a maior surpresa que eu poderia ganhar, minha filha, minha flor do cerrado... o presente é meu, só meu... o pai não quis figurar como tal então, tenho o presente só pra mim. Esta é uma das benção que ainda não agradeço devidamente - o de tê-la só para mim. Um dia o farei.
Por outro lado, perdi a fé nos homens. Talvez nas pessoas em geral. Por um lado, homens mentem a troco de conseguir uma noite para o seu curriculo, por outro, há mulheres tão inseguras que não conseguem olhar o mundo e outras pessoas sem suas lentes repletas de medo. Pessoas começam a me dar medo. Será preciso me afastar delas (ainda que por um tempo) para que eu ganhe jogo de cintura para manter-me longe de situações tão dramáticas?
Enquanto não tenho resposta, quero estar apenas com minha flor e junto a meu povo, no conforto e segurança da minha casa porque, eu realmente não entendo o que acontece lá fora.