quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A vida adulta é muito solitária.

domingo, 20 de novembro de 2011

Um dia me disseram: "os homens amam os filhos da mulher com quem ele está". Duramente, aprendi que é verdade... só não imaginei que fosse acontecer tão rápido.
Minha filha tem 15 meses. Hoje eu soube que o pai dela - que não a vê há 3meses, está morando com uma mulher que tem dois filhos. Ele tem duas e, com certeza, não cuida de uma.
Difícil não me sentir um lixo diante desta situação. Lixo, por ter acreditado nele várias vezes, por ter escolhido tão mal, por ter me permitido algo que, futuramente, minha pequena flor do cerrado poderá lamentar. Pai ausente nunca é uma situação indiferente para a criança.
Por outro lado, não consigo acreditar que este "casamento" deva ser levado a sério. Sei que quando acontecer de alguém vir morar comigo, haverá sentimento de verdade. Da minha parte, eu sempre posso garantir a honestidade... já da outra...
Por pensamentos como este, é que ficarei como estou, já que desconfio de qualquer um que se mexa, tenha duas pernas e não seja a bebezinha do quarto ao lado.
Bom, gostaria de encontrar uma palavra, ou duas, pra traduzir este momento. Não é raiva ou ódio. Tão pouco amor. Ainda era verão quando deixei de amar o pai da minha filha.
O tempo (sempre ele!) deverá trazer a palavra... assim como levar este sentimento para o vento.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Estou cansada...
"cansada do lirismo comedido"
não.
cansada da mesmice descarada.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

passos passados e passos futuros

O tempo... sempre ele...
ele tra novos deveres, anuncia a obrigação e cá estou, sem perspectiva do que serão as próximas semanas e os compromissos não dão trégua.
às vezes acho que estou numa bolha, alheia ao desespero que seria esperado para o momento.
Outras vezes, penso que se estou calma é porque estou otimista e confiante de que o melhor acontecerá.
Em todo o caso, há uma pitada de loucura aí.
A maior mudança anunciada é a saída do emprego. Coisa prática e perfeitamente adequada - o que é irônico ou insano. Se considerar o mundo na sua forma toma-lá-dá-cá, está é a maior mudança.
Se devo considerar como maior mudança aquela que afetará a vida toda (mais uma deste tipo chegando) então esta é o anúncio de que minha mameta quer a obrigação.
Me vejo cumprindo tudo... o trampo chegando, um ano se passando, eu recolhendo e minha flor do cerrado passando os 21 dias comigo, me vejo no preceito, o primeiro ano cheio de axé e novidade e, nos demais, um novo rumo na vida.
Otimismo ou loucura. Ainda não sei.
Sei que me apego à mameta quando perco o chão, que agradeço a ela quando percebo que fui agraciada ou protegida e me desculpo quando penso que não dei conta de algo que poderia ter dado. Sei que ela cuida muito de mim e me deu de presente a maior surpresa que eu poderia ganhar, minha filha, minha flor do cerrado... o presente é meu, só meu... o pai não quis figurar como tal então, tenho o presente só pra mim. Esta é uma das benção que ainda não agradeço devidamente - o de tê-la só para mim. Um dia o farei.
Por outro lado, perdi a fé nos homens. Talvez nas pessoas em geral. Por um lado, homens mentem a troco de conseguir uma noite para o seu curriculo, por outro, há mulheres tão inseguras que não conseguem olhar o mundo e outras pessoas sem suas lentes repletas de medo. Pessoas começam a me dar medo. Será preciso me afastar delas (ainda que por um tempo) para que eu ganhe jogo de cintura para manter-me longe de situações tão dramáticas?
Enquanto não tenho resposta, quero estar apenas com minha flor e junto a meu povo, no conforto e segurança da minha casa porque, eu realmente não entendo o que acontece lá fora.

sábado, 20 de agosto de 2011

Minha filha não merece o pai que tem.
Ela é doce, meiga, forte, encantadora... ela aprende rápido, tem um olhar fabuloso... um humor ótimo... bate palmas, canta, brinca... fica de boa, na dela... e interage tanto...
é totalmente encantadora.
mas o pai..
Lamento, a cada dia mais, a escolha que fiz. Nem foi uma escolha. Foi o deixar rolar... deixei rolar com alguém tão sem pé no chão... o cara delira... se alguém chama ele pra cantar, ele diz pros outros que será o "lançamento do projeto dele com este fulano", como se houvesse ALGUM projeto, como se tivesse labutado em cima de algo, estabelecido meta. A outra pessoa marcou o show, ensaiou, foi atrás de espaço, de divulgar... e o fulano sai dizendo que é o projeto dele e tal. O cara delira... já ficou 45 dias sem vê-la... depois mais 75 dias... não tem nenhuma preocupação em estabelecer vínculo com ela. Não a considera uma pessoa, com entendimento, memória ou necessidades.
Gostaria de ter o direito de mantê-lo completamente longe. Longe pra sempre.
Ele mente, é abusivo. Novamente desempregado... saiu do trampo porque tinha uma entrevista marcada em outro lugar. Conta com o ovo antes de ter a galinha. Combina que fará uma coisa e joga tudo pro alto em troca do incerto... não me ajuda em nada e se dá ao luxo de ficar de papo pro ar...
Se eu proibi-lo de vê-la, legitimando algo que já acontece, ele poderá alegar alienação parental. mesmo ELE fazendo isto... como poderei permitir tamanha inconstancia na figura paterna na vida de minha preciosidade? Como permitir que ela conviva com alguém tão mentiroso, tão delirante, tão irresponsável, tão egoísta. Alguém que abusa das mulheres, que oferece palavras lindas, um sonho de coração carente que quer ser acalantado mas, na real quer garantir sexo inseguro e irresponsável.
Como pude me envolver com alguém assim?
Devo ser uma imbecil, uma burra... como permiti tamanho envolvimento??
Agora o quero longe de mim e de minha filha.. só me resta rezar... porque quando ela começar a entender racionalmente as coisas, poderá ser dolorido demais pra ela: um pai que a rejeita e nem tem coragem de assumir que é rejeição o que ele dá a ela.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Queria espiar o futuro, só pra descobrir se estou agindo certo hoje.
Não tenho que provar nada pra ninguém.
Não tenho que estar com qualquer cara pra provar que não quero meu último amor de volta.
Lamento, como lamento, tudo o que aconteceu.. lamento mais o que não aconteceu e poderia ter acontecido.
Coisa de gente sonhadora.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O que vc faz quando algo vivo, que estava dentro da tua vida, apodrece e vira lixo?
vc põe pra fora de casa e mantem bem longe de vc.
é isto que estou fazendo agora...
mantendo o lixo, viciado, perturbado, sem foco e direção, bem longe de mim.
Ainda que ressoe o "água mole em pedra dura tanto bate até que fura!" dentro de mim...
este som pode ser minha cilada ou meu sinal de minha desumanidade.
não salvarei ninguém.
não recuperarei ninguém.
vou me preocupar com as cortinas que tenho que instalar, o quadro que tem que ir pra parede e as capas de almofada que posso crochetar.
Não são futilidades, são pequenos gestos valorizando o tesouro que é minha casa, meu lar.
e o lixo? que se recicle!!!

sábado, 25 de junho de 2011

Não quero a loucura comedida!!
quero poder gritar e gritar!!
andar de cabelo ao vento
numa túnica esvoaçante...
quero leveza!!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

entre pausas e plays

Pouca coisa mudou de lá pra cá...
e não sei o que fazer... por um lado, me sinto uma tonta... acredito em palavras ditas na brisa, num olhar no espelho, na predestinação do encontro e, mais ingenuamente, na possibilidade de mudança.
Eu mudei. Não sei se exatamente uma mudança. Estou assumindo riscos de maneira declarada.
Estou confusa!
quero sair, fechar a porta atrás de mim! deixar tudo pra lá.. eu já vi este filme. Sei qual o desfecho... e por que raios acredito que possa ser diferente? Por que acreditar que ele crescerá e reconhecerá que estar a nosso lado é algo bom pra ele.
É tá difícil me separar dele quando estamos os três juntos... é tão bonito ver no rosto da minha pequena a alegria por estar conosco. Poder brincar com o pai e segurar meu dedo. Olhar pra ele e manter a boca no meu peito. Romantismo da minha parte? Provavelmente.
O desejo de estar junto - nem se mais se tem amor envolvido nisto - está me acorrentando. E eu preciso dar um passo em alguma direção. Tristemente, reconheço que a porta atrás de mim deverá ser fechada.
Ele a mantem entreaberta de propósito! Faz piadas sem graça (que só uma mulher apaixonada ri), compartilha notícias, fala de temas em comum, vale-tudo, música, eventos)... faz o tipo de coisa que indica a construção de algo em comum. A troco de quê? de me manter aprisionada a ele. Tá na cara que é isto...
Sou inteligente e racional o suficiente para romper este grilhão. Temo estar me precipitando, não dando oportunidade para que a coisa aconteça... a dúvida... sempre a dúvida. A dúvida pode gerar prudência ou estagnação. Meu desafio atual é encontrar o equilíbrio e tomar a melhor decisão pra mim e pra minha pequena cunhatan.

domingo, 16 de janeiro de 2011

mais da vida, menos da covardia

Tenho muita vida pra viver.
Estou irritada com a falta de coragem que presencio cotidianamente.
Quero jogar tudo o que estiver à mão, em cima do covarde pra vida e, quem sabe, ele acorda?
Se acordar, me pergunto, será tarde demais?
Porque estou me acostumando a ser eu por mim mesma e a contar só comigo.
Ser sozinha não é o ideal mas é totalmente possível.
Não sei traduzir o sentimento que tá no meu peito.
Não consigo respirar e relaxar.
Mas não sinto medo.
Quando vejo que posso deixar de amá-lo e que a vida continuará se - e quando - isto acontecer, começo a sentir um pesar pela perda.
Não sei o que poderá substituir mas eu estou cansada das omissões, das mentiras, do descaso, da falta de coragem diante da vida, do pouco comprometimento, da falta de olhar pra si próprio com olhar crítico, dos sonhos que se acumulam e não são batalhados. Estou cansada de olhar nos olhos deste menino-que-não-cresce que ele tem sentimentos profundos por mim e ouvir sua boca negar qualquer afeto íntimo por mim.
Quero vida e coragem pra vivê-la! A coragem que eu tenho não permitirei que dêem fim a ela.
Não tenho tanta coragem assim.. uma vida a dois seria a morte pra mim... mas eu topo algo ponderado! sou totalmente aberta a negociações! Não sou aberta a embromações!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Tempo Rei, me fez Rainha

A Vida tem sua sabedoria... escrevi pela última vez neste blog, poucos dias antes de engravidar.
A gestação foi do tipo: "matando um leão por dia" e hoje, com minha gata-gatinha de 5 meses, enfrentamos pequenos ajustes.
Estes ajustes são de todas as ordens... com a casa, as contas, os horários, os afazeres etc.
Mas há um ajuste que me perturba, que é o de nada servir pra mim.
Não me serve pouco amor, nem pouca atenção.
Não me serve a falta de estilo
Não me serve o torço que eu usava no cabelo.
Não me serve a palavra dura a fim de me ferir.
Não me serve a mentira nem as meias-verdades.
Não me serve, para nada, a ausência.
A presença serve pra me por em xeque, me confundir, me questionar.
O sentimento serve para mostrar o quanto mudei, o quanto sou mais paciente, o quanto estou mais sábia...
mais cansada, menos rodeada de gente, menos compromissada com a rua.
A porta arrombada serve pra mostrar que o conflito não é benéfico.
A jura serve pra mostrar que o homem ainda é muito menino.
Talvez mais do que eu possa entender.
Talvez menos do que eu possa tolerar.
O descaso com datas e momentos simbólicos não serve para nada além de me afastar.
Mas, C$%¨&@¨$!!! A Vida já mostrou que estar longe um do outro é estupidez! Nos uniu de um jeito que será impossível de separar, selou nossas almas por toda esta existência e quantas mais existirem! e da melhor forma possível!
Eu celebro a vida! Eu tenho coragem - e loucura - suficiente pra celebrá-la, me jogar nela, reconhecer minhas chatices e minhas frustrações e seguir na caminhada. Por onde for, pelo tempo que houver, da maneira que eu puder.