quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Velhos sapatos em novos caminhos

Eu vi a covardia de um homem e ela me feriu.
Me trouxe vida, mas me levou tanta coisa...
Me fechei, desconfiei e rejeitei  tudo o que vinha no conteúdo masculino.
Daí levei uma trombada. O passado me encontrou e me trouxe para um presente.
Jamais imaginei nada disto.
Um homem determinado, que cumpre com o que se propõe e que realmente gosta de mulher.
Tudo diferente mas cheio de sintonia.
Em algum momento concluí que ele estava lendo meu pensamento.
Ele sabia a carícia que meu corpo pedia.
Ele soube percorrer meu corpo, há muito não tocado, com destreza e calor.
Este homem me ajudou a ver como realmente estou hoje.
Aflorou meu desejo, minha contemplação e pude ver beleza no corpo masculino.
Percebi que a ferida se tornou uma cicatriz. Não sangra mas é bem perceptível.
Nas mãos deste homem, um homem de águas profundas, não me lembrei de nada disto.
Não lembrei das cicatrizes, das feridas, da desconfiança.
Ainda que eu fizesse silêncio, ele me lia.
Soube ler meu corpo, minha respiração, meu suspiro.
Não me julgou, não me acelerou, não me subestimou.
Entendeu que eu não posso lidar com a mentira ou a omissão.
E me trouxe tanta intensidade... em tudo! Meu corpo pediu por este homem, vindo das águas profundas, o tempo todo...
meus fluídos responderam à presença dele e, embora meu coração não esteja buscando romance, está embriagado de afeto, ternura e gratidão.
Me senti viva, completa, complexa e feliz.
Que venha a nova fase! estou mais pronta e, o que falta, vou acertando pelo caminho.
Já me sinto segura pra isto.
E, muito, mas muito satisfeita como raramente eu fiquei.


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