terça-feira, 1 de maio de 2012

De clichê em clichê a vida se preenche,
o vazio se camufla,
o banal ganha holofotes,
o covarde se traveste de inocente
e a solidão é companheira.

Dona Solidão vai muito bem - faz companhia
pra um montão de gente.
Vida moderna ou medo coletivo?
uma questão de gênero ou equívoco feminista?

Vergonha na cara é como bunda - cada um tem a sua.
A vida cotidiana, fútil e tributável - salve, Alvaro de Campos!
venceu.

Não há amargura em constatar tudo isto
mas alguma coisa está muito errada:
meus sonhos ou minha caminhada?

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